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Outubro Rosa: Médica tira 10 dúvidas de ex-pacientes de câncer de mama

Publicada em 15/10/20 às 12:50h - 391 visualizações

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Outubro Rosa: Médica tira 10 dúvidas de ex-pacientes de câncer de mama
Anne Kiister explica que fatores ambientais e comportamentais podem levar à doença  (Foto: Divulgação - Julia Terayama)

Tumor que mais atinge mulheres no mundo e no Brasil, o câncer de mama é uma doença ainda cercada de muitas dúvidas. Quem nunca teve quer saber o que fazer para evitar. E quem já passou sabe que, em alguns casos, ela pode voltar. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que em 2020 serão registrados 66.280 novos casos de câncer de mama no Brasil. Já o Espírito Santo teve 898 registros deste tipo de tumor de janeiro a julho de 2020, segundo o Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). 


Nesta entrevista, a radio-oncologista Anne Karina Kiister Leon, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV), tira 10 dúvidas de ex-pacientes de câncer de mama, em que aborda questões como fatores ambientais e comportamentais para a incidência da doença, como a radioterapia pode ajudar pacientes e por que este tipo de tumor é agressivo em alguns casos, e em outros não.


Se não temos genética para o câncer de mama, por que passamos pela doença?

Anne Kiister - O câncer de mama tem outros fatores, como os ambientais e comportamentais, que incluem obesidade e sobrepeso após a menopausa; sedentarismo e inatividade física; consumo de bebida alcoólica; e exposição frequente a radiações ionizantes (raios X).


Também há os fatores da história reprodutiva e hormonal, como a primeira menstruação antes de 12 anos; não ter tido filhos; primeira gravidez após os 30 anos; parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos; uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona); e ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos.


Por fim há os fatores genéticos e hereditários, como história familiar de câncer de ovário; casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos; história familiar de câncer de mama em homens; e alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.


Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama de caráter genético/hereditário corresponde a apenas 5% a 10% do total de casos da doença.


A doença pode voltar depois do tratamento? Por que isso acontece?

Sim. A intenção do tratamento é, sempre que possível, ter um caráter curativo. Porém, às vezes, a doença que estava em latência pode voltar a se desenvolver e com isso reaparecer.


Por que o câncer de mama é agressivo e rápido em algumas mulheres, e em outras não?

Depende de vários fatores, como fatores histológicos (o resultado da patologia), fatores hormonais.


Homens e crianças podem ter tumor de mama? Qual é a incidência e por que isso acontece?

Homens podem sim ter tumores de mama. A incidência é menor e na maioria dos caso de caráter mais agressivo que o da mulher. A incidência em homens é de aproximadamente 1% de todos os casos. Em crianças, o tipo de câncer de mama não acontece. 


É verdade que fatores como cigarro, álcool e má alimentação podem facilitar o surgimento do câncer de mama? Por quê?

Sim. Alterações comportamentais como sedentarismo podem aumentar o risco de câncer de mama. O colesterol é a gordura que serve de matéria-prima para a fabricação do estrógeno. Dessa forma, mulheres que altos níveis de colesterol tendem a produzir esse hormônio em maior quantidade, aumentando o risco de câncer de mama. Já a obesidade é um fator de risco para o câncer de mama principalmente após a menopausa porque, a partir dessa fase, o tecido gorduroso passa a atuar como uma nova fábrica de hormônios. Sob a ação de enzimas, a gordura armazenada nas mamas, por exemplo, é convertida em estrógeno. O uso excessivo de bebida alcoólica e cigarro também podem alterar a genética da célula e assim possibilitar o desenvolvimento de mutações.


Por que algumas pacientes que fazem mastectomia não precisam de quimioterapia e radioterapia, e outras necessitam?

Depende do resultado da cirurgia e o do estadiamento clínico inicial. Só assim o mastologista e o oncologista saberão qual paciente terá benefício de tratamento adjuvante (pós-operatório) ou não. 


De que forma a radioterapia age no corpo para combater o câncer de mama? Quando ela é recomendada?

O tratamento radioterápico utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais que formam um tumor. Nem todas as mulheres com câncer de mama têm indicação de radioterapia. A radioterapia externa ou convencional é o tipo mais comum para tratar o câncer de mama. Esse tratamento consiste em irradiar o órgão alvo com doses fracionadas. A paciente não sente nada durante a aplicação, que dura apenas alguns minutos por dia. Cada caso é avaliado de forma individual, levando em conta fatores histológicos, performance e idade da paciente. A radioterapia pode ser indicada em algumas situações, como por exemplo:

• após a cirurgia conservadora da mama, para diminuir a chance da recidiva na mama ou nos linfonodos próximos;

• após uma mastectomia, especialmente se o tumor tiver mais que 5 cm de diâmetro ou se atingir os linfonodos.


Quais são os estágios do câncer de mama e quais os tratamentos existentes para cada um deles?

O tratamento de câncer de mama é muito abrangente, principalmente em relação aos quimioterápicos. Assim, o paciente é avaliado de forma individual. Sugiro uma conversa e uma avaliação com o oncologista para saber a melhor forma de tratamento para cada caso.


Existem alguns alimentos que não devem ser consumidos por pessoas que tiveram câncer de mama (soja, por exemplo)?

É controverso dizer que não se pode mais comer soja. Ela possui um fitoestrogênio que age nos receptores do estrogênio da mulher com potencial de estimular o câncer de mama. Estudos com japonesas não comprovam este raciocínio, mas devemos lembrar que as japonesas consomem principalmente a soja fermentada em tofu, missoshiro e missô (pratos da comida oriental). Os brasileiros, pelo fácil acesso e baixo custo, estão utilizando diversos alimentos à base de soja, muitas vezes transgênicas, com uma falsa sensação de alimento saudável. Devemos lembrar que o equilíbrio e bom senso devem prevalecer nas nossas decisões. 


Por que algumas mulheres tomam remédio após o tratamento e outras não tomam (triplo negativo)?

Pacientes que possuem expressão de receptores hormonais (estrogênio e progesterona) podem se beneficiar com o uso de remédio (hormonioterapia). Já as consideradas triplo negativas não possuem esses receptores em suas células. Assim, não há benefício do uso de medicação.


Com informações da Assessoria de Comunicação do Instituto de Radioterapia de Vitória (IRV)




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