A Comissão de Caciques dos Povos Indígenas Tupiniquim e Guarani alertam a população de Aracruz que irão fechar as principais rodovias que cortam o município de Aracruz nesta quarta-feira (27 de março), a partir de 5 horas. A justificativa é a atual política indigenista adotada pelo governo federal e sobre os problemas locais também.
Em janeiro, houve o fechamento de rodovias do município com as reivindicações nacionais dos índios.
“O atual cenário político não é favorável às populações indígenas de todo país. Em apenas 90 dias de governo várias políticas indígenas e indigenista foram extintas e estão programadas para extinguir-se”, diz um trecho da convocação.
E para chamar a atenção das autoridades serão bloqueadas as seguintes rodovias de Aracruz: rodovia Primo Bitti; ES-010, próximo às aldeias Guarani; e ES-257, próximo ao trevo da aldeia Pau Brasil.
“Em janeiro, o Governo Federal anunciou que o subsistema de saúde indígena, criado pela lei 9.836/99, que está dentro da lei 8.080/90, é um sistema paralelo ao SUS e que os indígenas têm que estar enquadrados dentro do SUS, mas a lei 9.835/99 é do SUS. Com isso, o ministro da Saúde (Luiz Henrique Mandetta) anunciou jogar a responsabilidade da saúde indígena para os municípios e mais, acabar com a Secretaria Especial de Saúde Indígena e criar um departamento de saúde indígena dentro da Secretaria Nacional de Atenção Primária (a ser criada)”, informa a Comissão de Caciques dos Povos Indígenas Tupiniquim e Guarani.
E o comunicado acrescenta:
“Pedimos desculpas à população de Aracruz pelos transtornos que esta paralisação irá causar, mas precisamos lutar pela defesa de nossos direitos conquistados com suor e sangue e não vai ser este governo fascista, racista, homofóbico, neoliberal que vai acabar com esses direitos”, encerra a nota.
A manifestação indígena acontecerá em todo o país.
REIVINDICAÇÕES
Proteção dos direitos indígenas previstos na Constituição Brasileira;
Demarcação das Terras Indígenas (TIs);
Garantia dos direitos humanos e combate à violência contra indígenas;
Reconhecimento dos povos originários e de sua cultura ancestral;
Contra a transferência da demarcação de terras indígenas para o Ministério da Agricultura;
Contra a flexibilização e transferência do licenciamento ambiental para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA);
Pelo respeito aos tratados internacionais em especial ao Acordo de Paris e o direito de consulta e consentimento;
Contra o desmonte da Secretaria Especial da Saúde Indígena (SESAI) e a municipalização da saúde.
Canalhas, mil vezes. Fui levar minha esposa ao hospital e não deixaram passar. Vagabundos. Enquanto os otários ficam na beirada estrada, os "caciques" estão de Hilux. Otários.
Direitos iguais para todos, chega de mordomia para indio. Somos todos brasileiros e não podemos ter benefícios para uma camada da população em detrimento de outras. A saúde está ruim para todos e aí vem índio protestar querendo saúde e outros benefícios diferente do resto da população. Ao invés de protestar porque não vão trabalhar e contribuir para o reaquecimento da economia.
Estão alertando a população pra que? Pedem desculpas? Se nesse país existissem leis, essa palhaçada não acontecia. Esses desocupados estão reclamando de que? Que vão ser tratados igual a todo o resto da população? Não vejo a hora da Funai acabar e índio ser tratado como todo mundo.