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Tragédia de Mariana: Aracruz, Fundão, Serra e Vitória escolhem assessoria técnica

Publicada em 21/11/18 às 21:24h - 1370 visualizações

Web Rádio Voz do Piraqueaçu


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Tragédia de Mariana: Aracruz, Fundão, Serra e Vitória escolhem assessoria técnica
Assessoria técnica da ADAI é escolhida por aclamação  (Foto: Web Rádio Voz do Piraqueaçu)

Quase 500 atingidos pela lama de rejeitos da Samarco escolheram na noite desta quarta-feira (21 de novembro) a assessoria técnica da Associação de Desenvolvimento Agrícola Interestadual (ADAI) para acompanhar processos, analisar condições da água e do solo e realizar entrevistas socioeconômicas, conforme determinação do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) Governança.


Reunidas em assembleia no SESC de Praia Formosa, as diversas comunidades dos municípios atingidos ouviram a exposição do projeto de assessoria da ADAI e tiveram a oportunidade de fazer perguntas para a representante da entidade. Tudo foi acompanhado de perto pelo procurador da República Malê de Aragão Frazão e pelos defensores Públicos do Espírito Santo Rafael Portela e Mariana Sobral.


As famílias presentes puderam expressar a indignação de estar há três anos aguardando não só dinheiro de indenização, mas também as oportunidade de voltar a trabalhar com dignidade, principalmente as famílias que dependem da pesca.


Os relatos foram os mais diversos, como a proibição de pescar e a ausência de comida nas panelas dos atingidos e atingidas.


O maior desastre ambiental já registrado no Brasil completou três anos no último dia 5 e somente neste momento é que a assessoria técnica foi escolhida.


Segundo o procurador da República Malê Frazão, a assessoria técnica foi uma conquista daqueles que foram atingidos.


“O Fundo Brasil de Direitos Humanos terá 10 dias para nos apresentar o relatório de tudo o que aconteceu aqui. Depois nos reuniremos com a assessoria técnica deverá nos apresentar toda a proposta de trabalho de forma detalhada com orçamentos, pessoal e cronograma de atividades. Em seguida, nós, da Força-Tarefa, vamos nos reunir com os atingidos para obter a concordância deles. Depois, vamos nos reunir com as empresas para assinarmos o contrato. Com isto em mãos, levamos para o juiz da 12ª Vara Federal de Minas Gerais para homologação. Só depois desse trâmite é que a ADAI começará a trabalhar”, explicou o procurador da República.


A representante da ADAI apresentou a entidade a todos os presentes e frisou que a assessoria técnica se pautará nas exigências dos atingidos e que não tem qualquer ligação comercial com as empresas Samarco, Vale, BHP ou Fundação Renova.


Assim que se retirou do auditório, o procurador da República fez questão de esclarecer a forma de trabalho da assessoria.


“Apesar de a assessoria ser paga pelas empresas, a voz que será ouvida é a de vocês. As empresas tiveram que dobrar os joelhos para vocês. Elas devem pagar pelo serviço de assessoria, mas quem vai dizer se eles estão trabalhando corretamente são vocês, atingidos. Vocês são os patrões”, explicou ele.


Esta foi a preocupação de várias pessoas que tomaram a palavra durante a assessoria.


Das várias manifestações dos presentes, o que foi observado era a indignação dos atingidos e atingidas, além da preocupação com a paralisação das atividades pesqueiras e também com a baixa movimentação turística.


A representante da ADAI informou durante o debate que a entidade estará presente no dia a dia das diversas comunidades. “Técnicos e mobilizadores estarão nos locais, no dia a dia das comunidades. Deve-se ter qualidade, participação e construção coletiva.”


Houve comemoração por parte de alguns atingidos, como foram os casos de Joeci Miranda e Liceliana Souza.


“Nossos estuários estão morrendo, nossa fauna e flora estão morrendo. É doído falar quando no nosso seio familiar perdemos pessoas queridas e não temos como saber se esses problemas de saúde vieram com o rompimento da barragem. Precisamos do estudo imediatamente”, disse Joeci.


“Para conseguir isso aqui (assessoria técnica) batemos de porta em porta, fizemos trabalho de formiguinha, fomos chamados de barraqueiros”, lembrou Liceliana.


As comunidades de Colatina e as aldeias indígenas também escolheram a assessoria técnica da ADAI.






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