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Bodyboarders indígenas se destacam no cenário estadual e querem alçar voos mais altos

Atletas de Caieiras Velha fizeram bonito durante o ano e fecham 2023 com os olhos brilhando na expectativa de um patrocínio para disputas mais arrojadas dentro do mar.

Publicada em 22/12/23 às 17:58h - 165 visualizações

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Bodyboarders indígenas se destacam no cenário estadual e querem alçar voos mais altos
Nicollas em disputa de uma das etapas do Circuito Brasileiro  (Foto: Divulgação)

O ano de 2023 foi notável, para dizer o mínimo, para os atletas Nicollas Gabriel Silva Raich, 13 anos, e Kauã Guilherme Silva Raich, 10 anos. Os bodyboarders indígenas da Aldeia Caieiras Velha fecharam o ano com chave de ouro, embora falte apoio e patrocínio para os garotos. A dificuldade serviu de combustível para que eles buscassem as melhores colocações nos Circuitos Brasileiro e Estadual.


O caçula da família disputou o Circuito Estadual na categoria Iniciante e encerrou sua participação com o vice-campeonato ao totalizar 1,470 pontos. 


“Achei o campeonato incrível, mas acho que tenho muita coisa para melhorar em 2024”, assinalou Kauã.


E Nicollas, que disputou duas categorias (sub-16 e sub-18) do Estadual, terminou o ano com a quinta colocação em ambas. Na categoria sub-16 ele fez 1.165 pontos, enquanto na categoria sub-18 ele fez 860.


“Estou muito feliz de ter conseguido ir nesse campeonato. Ganhei bastante experiência e técnica. Acho que fui bem, Também acho que posso melhorar mais e foco para 2024”, apontou Nicollas.


Mesmo deixando de participar de duas etapas do Circuito Brasileiro (a primeira e a segunda etapas), Nicollas chegou a 1.560 pontos na categoria sub-18 e terminou em oitavo lugar. O campeão brasileiro dessa faixa etária foi o cearense Rafael Ramos, que chegou a 2.730 pontos. 


Para o ano que vem, os indígenas esperam conseguir patrocínio e apoios.


“Minha expectativa para 2024 é conseguir patrocínio e apoios para competir todas as etapas do Circuito Brasileiro e algumas etapas do Mundial”, projetou Nicollas.


“A expectativa para o ano que vem é conseguir patrocínio e também apoios para conseguir o título, pois esse ano fiquei como vice-campeão. Então, a expectativa é trazer o título”, salientou Kauã.



Bodyboarders sobem o pódio e já demonstram desenvoltura em entrevistas


FEBBEES


O presidente da Federação de Bodyboarding do Espírito Santo (Febbees), Marcelo Miranda, elogiou a garra e o aprimoramento dos atletas indígenas. O dirigente elogiou ainda a união de toda a família em torno do projeto esportivo dos garotos.


“Esta é uma família abençoada, é uma família que se dedica a esse trabalho de tornar os filhos atletas competitivos. Eles já ganharam a simpatia e o reconhecimento do nosso segmento do bodyboaring, até em nível nacional. A Federação reconhece o esforço da família. Eles são competidores indígenas e nem sei se há registro de participação de indígenas em outros locais. Mas acho que vale o registro”, destacou Miranda.


Marcelo Miranda também fez referência ao desenvolvimento do surfe dos atletas.


“Eles são muito talentosos, pouca idade. Há uma certa maturidade, começam a demonstrar desenvoltura nas falas e comportamento. Isso é bem legal. Desejo que eles continuem firmes na caminhada deles”.


CAPIXABAS


Na categoria feminina, Luna Hardman, filha da pentacampeã mundial Neymara Carvalho, foi a vice-campeã brasileira, obtendo um total de 2.460 pontos, seguida pelas também capixabas Maíra Viana (2.450 pontos) e Maylla Venturin (2.340 pontos). A campeã brasileira foi a pernambucana Kirtys Montenegro, que alcançou 2.470 pontos. A proximidade de pontos denota como foram acirradas as disputas. Onda a onda!


No masculino, o capixaba melhor rankiado foi o campeão capixaba Lucas Nogueira, que obteve 1.500 pontos, ficando com a 14ª colocação. O campeão da categoria foi o cearense Diego Gomes, com 2.730 pontos.





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1 comentário


Heriberto Simões

05/01/2024 - 07:12:02

Bom dia !Brilhante. Correta e inspiradora. Algumas das palavras que possam definir essa matéria.A história que essa família está contando é incrível. Não há registros similares.E os próximos anos prometem. Os irmãos Nicollas e Kauã, estão determinados a serem atletas de alto rendimento.Obrigado


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